Tuesday, January 31, 2012

it is at moments after i have dreamed

of the rare entertainment of your eyes,
when (being fool to fancy) i have deemed

with your peculiar mouth my heart made wise;
at moments when the glassy darkness holds

the genuine apparition of your smile
(it was through tears always)and silence moulds
such strangeness as was mine a little while;

moments when my once more illustrious arms
are filled with fascination, when my breast
wears the intolerant brightness of your charms:

one pierced moment whiter than the rest

-turning from the tremendous lie of sleep
i watch the roses of the day grow deep.

-ee cummings

Wednesday, March 30, 2011

the magnet

love is a pain.
if you are too needy, people scare away.
if you are too content, already is no passion
if you are too fast, regret will infiltrate
if you are too slow, interest will not recover
push away, stay aloof
the chase begins, the quarry pursues
but disengage and there is no completion

are we monsters to desire only that which avoids us?
pleasure and pain are opposites of the same.

Tuesday, January 27, 2009

sparks for my fire storm

I am posting to spark my writing abilities into finishing my essay to a college.
This is a prompt that i got from The Writer's Block by Jason Rekulak;

Write about a date that was very momorable for you.

September 15, 2008
"just breath" I tell my self as the plane begins its descent into one of the most densely populated areas of the earth. Its not that I am nervous of people, or crowds or planes, I am very comfortable with all of these. But rather I am nervous because I am entering foreign country where I will be spending the next year, and I Do NOT KNOW THE LANGUAGE!
That day I meet my new Japanese family, had my life saved by a cabby that didn't speak English, and got the largest headache I have ever had.
I was the start of a new bilingual, much more conscious me.
When I entered the airport the first thing I noticed was how the baggage security had taken all the time I had to spare before my next connection. I was due to depart in 30 seconds and I didn't know where nor had I checked in my bags! I was so terrified that I didn't even realize that all the signs where printed in both Portuguese and English! Instead of following the signs I looked around in total confusion trying to make sense of the rushing crowds. Luckily A Sao Paulo Taxi Driver realized my predicament and saved me. using hand gestures and pointing at my watch and ticket I convinced him to lead me to both the baggage claim and the shuttle to my next flight. I tipped him ten dollars as I knew this wasn't his job and that I had probably cost him a fare or more.
the story goes on for another thirteen hours more of excitement but I must return to my essays!
Tchau, beijo e abraços!
Steven
Americano do Matto Grosso do Sul

Sunday, October 12, 2008

ANÁLISE

Tão abstrata é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo.




Fernando Pessoa

A mulher

Ela é a dança dos lugares que cercam
a cidade
onde noutros tempos havia religiões.

É o ídolo da juventude e com ela me surpreendo
no assobio das árvores, no peito da deusa que acalma
as minhas tragédias nocturnas.

Ela é a fonte imensa, cristalina e intangível.

Ela é como a chuva.
Bate nos cabelos
ao lado dos violinos com que as palavras se dão
letra a letra numa mesa escutando.

Escrevendo-a, eu sei, abro os seus frutos na sua cor.

Ela é a loucura que o barulho do frio faz
na minha garganta.

Ela olha o vento e os seus olhos estão quietos
à beira dos odores do jardim
e todos os roseirais são dominados pelo seu silêncio.
Delírio inóspito, também onde é deserta a altíssima voz,
ela inventa o toque que cativa aquele que pode governar
acima das estrelas.

Ela é a palavra que se ergue
na existência demorada.

O êxtase das estações mas sobretudo aquela
que atravessa o mês de Agosto
e percorre Setembro num poema pela terra dentro.

Ela é o sino de um futuro onde só habitam os gestos.
A pedra para encostar à cabeça quando Março
gira à volta de todas as bocas maternas.
Escrevê-la-ei debaixo dos rios apodrecidos
e ela seguirá direita, terrível e lancinante.

Ela é o livro que me bate à porta sempre devagar
e ressoando violentamente me diz quem sou.
Estremeço.
Depois sangra um ponto secreto
do meu corpo.

Talvez a minha face se queime.

Ela é a surpresa que tem agarrado a si
os animais inspirados.
Lenta, atravessa a floresta e alicia
o entardecer,

que se delonga às portas da noite.

Ela é a Primavera da noite
que abre uma porta para o coração passar.
Um grito que detém um breve minuto
enquanto respiro metade de um pensamento.

Todo o meu corpo se assusta, no desejo de tocar-lhe,
na ânsia de eternidade do seu momento só.

Ela é a amiga, acidente de percurso ou não,
o certo é que sorri, no exacto lugar
onde se fendeu o desejo.

Amo-a na onda de lodo que perpassa
à flor dos lábios de todos os rios ainda escondidos.

Ela é deste povo cujo hálito
era inocente como um candelabro
quando todos os tectos mantinham inofensiva ainda
a guerra fechada dos suspeitos.

Ela é toda a casa que acaba à noite
depois das sementeiras.

Ela é a tentação nunca mais expirada
pelo tempo fora.
Chega por um impulso, quando o frio
instala cravos na neve e as amantes ofegam por dentro
as maçãs sumarentas com seus pulmões.

A palavra amor não vem no dicionário. Ela é
toda a palavra cheia de todos os significados.

Vestíbulo depauperado e absorto,
ela conduz a água
na secura de todas as bocas
e às portas
onde raparigas que comem os bagos da romã anunciam
o tempo da menstruação.

Ela é toda a cor da fome, todo o rubor
da saciedade.

Ela é o som que estremece os ombros
e surge na nossa idade quando nos despedimos
e não queremos dizer que amanhã morreremos.

Ela espreita as crianças loucamente no poema
enquanto na floresta as giestas se iluminam.

Ela é o mar, este mar,
pequena estrela que muda de cor
e às vezes tem as suas raízes queimadas.

Ela envolve os peixes no recanto da praia
onde quantas vezes ficou gravado o seu corpo
em despedida breve.

Ela é o desvelo, a surpresa do sol e do regresso
quando se chega do fogo e da solidariedade
que unem as águas ternas nos lábios do desespero.

Como um livro que atrai secretamente a ternura
do tempo perdido, ela segue o caminho
de toda a perdição humana. Toda a queda supõe
o abismo dos seus braços.

Ela percorre todos os países, todos os mares do sul
e é nua como um corpo cristalino
que conduz o seu cavalo por entre as pedras sem memória.
É o esquecimento. Todo o esquecimento do real.

Por isso mesmo ela se intima nos poros da cabeça
deste mês de Outubro.

Ela é todo o olhar derretido,
simples.
Olhar longínquo entre os arbustos,
lâmina trivial cortando a distância.

Ela liquefaz-se nas horas do amor gritante
pela noite dentro e nas enchentes
do dia.

Ela é a pomba.

Ofega,

na tranquilidade do corpo,

as searas ondeantes e repletas
de alegria.

Tem o seu mistério
escondido na linguagem.

Ela é a boca de todo o pão.

Voa e leva dentro dela
os nossos filhos adormecidos.

Ela é a nossa solidão.

Rogerio carrila

A Un Gato

No son más silenciosos los espejos
ni más furtiva el alba aventurera;
eres, bajo la luna, esa pantera
que nos es dado divisar de lejos.
Por obra indescifrable de un decreto
divino, te buscamos vanamente;
más remoto que el Ganges y el poniente,
tuya es la soledad, tuyo el secreto.
Tu lomo condesciende a la morosa
caricia de mi mano. Has admitido,
desde esa eternidad que ya es olvido,
el amor de la mano recelosa.
En otro tiempo estás. Eres el dueño
de un ámbito cerrado como un sueño.

Autor: Jorge Luis Borges

Friday, October 10, 2008


this is a 36 pointed origami star using 8 sheets of paper. i built it because someone said i couldn't do it. took about 4 hours. santa liked it.